sexta-feira, 24 de abril de 2009

Podo Begins

Sou Palmeirense e podólatra desde criancinha, rs. Mas como tudo começou?

Eu era um pimpolhinho de 4 anos de idade, frequentava o maternal da escolinha infantil Pica-Pau e a essa época tinha uma namoradinha . “L” era morena, cabelos castanhos, pés 20 talvez 22 e também pimpolha como eu. Me lembro que trocamos o primeiro selinho e a iniciativa partiu de mim:

- “Vamos fazer como na novela”?

Estávamos num cantinho da escolinha, a sós, encostei-a na parede e mandei ver a bicada.

Me lembro também, que frequentemente íamos a sala de aula, enquanto as outras crianças e professoras estavam no playground ou degustando o interior de suas lancheiras. Desta vez não sei de quem partiu ou como começou, mas me lembro bem o que fazíamos alí. Ela se sentava na carteira e eu me deitava a sua frente tirando o júnior para fora, ela prontamente firmava os pés ou pisava com seus chinelos samoa tamanho 22, rs.

E assim foram meus 4, 5 e 6 anos de idade.

Todos os dias quando íamos embora, ficou na memória; o fiat 147 vermelho se afastando, ela brincando e rolando dentro do carro com os pézinhos 22 para cima. Mas afinal, por quê diabos 2 crianças com 4 anos de idade tomaram tal atitude?

Não sei!

O beijo, foi por imitação (televisão) mas e a brincadeirinha na sala de aula? Quem viu o quê, quem imitou quem? Já desisti de entender, de descobrir. Realmente não me lembro.

Aos 7 anos fui para a 1ª série em outra escola, o fetiche e a prática ficaram guardados.

Ainda neste colégio, tenho boas recordações de minha 4ª série, já com uma década de vida. Eu tinha um amigo, o André. Esse carinha gostava que todos batessem nele, meninos ou meninas e também pisassem. Éramos bem amigos, me lembro certa vez quando muitas crianças bateram nele, não satisfeito, deitou-se e pediu que todos o pisassem. Fiquei alí, a 1 metro da “brincadeira”, abismado e calado, observando. Ainda me lembro com clareza do masoquismo explícito daquele moleque. No ano seguinte, mudei de colégio novamente. Vinha o ginásio.

Nunca mais vi ou ouvi falar do André. Será ele hoje masoquista, escravo fetichista ou podólatra? Quem sabe!

Entre a 5ª e 8ª séries, com 11, 12, 13 e 14 anos eu estava começando a definir a podolatria como parafilia, sentia desejo e atração sexual por pés. No colégio era um pesadelo, 100% das meninas usavam tênis, já em casa, no prédio, era uma benção, pois minhas amigas só usavam chinelinhos Samoa, Azaléia, Katina Surf e Beira-Rio. Nessa fase a situação era relativamente clara, afinal sempre me lembrava da “L”, mas era tudo muito confuso. Eu era diferente dos meus amigos, tinha preferência ímpar.

Peitos, bunda? Não! Pés.

Comentar com as meninas? Jamais!

Quando cursei o colegial, mudei para outro prédio. As meninas se foram, não havia internet, não havia informação, tinha apenas o tesão podólatra crescendo, a vontade gigantesca de praticar trampling aumentando e a triste realidade da moda dos tênis entre os adolecentes. Sempre odiei tênis. As meninas cobriam, enclausuravam seus pés com os sempre onipresentes pares de tênis. Como odiava os tênis femininos!!! Indagava, esbravejava, por quê os fabricantes de calçados fazem tênis para mulheres?

Nesses tempos, uma menina usando tênis e dois cotocos tornozelo acima flutuando a minha frente eram quase a mesma coisa. “Podolatralmente” falando, claro!

Mas a escola acabou, um ciclo de vida se encerrou e completei 18 anos. Ah, sou “dimaior”, já não sou mais um menino.

Agora vai!

-Vai?
- Vai nada!
- Nada?
- Nada não, tudo!
- Tudo o quê?

Veio a internet, BBS, 486. Podolatria, pézinhos e trample pelo AltaVista e Yahoo!. Uma nova janela para meu mundo se abrira. Ler, ver, descobrir novas possibilidades. Lembram do trample.com? Deliciosa descoberta! Stardeck9? Limites impressionantes! Cartão de crédito internacional? Xiii, ferrou!

Tempos depois tinha o Zaz. Lembram? O Terra antigamente era ZAZ, sim, estou ficando velho. Sala de chat, Fetiches 1 e 2. Descobri e passei a frequentar fórums e comunidades relacionadas a podolatria. Conheci ainda muitas pessoas com o mesmo fetiche que eu. Recebia e trocava senhas de todos os grandes sites da época. Ouvia, via, aprendia e devorava o assunto.

O Chat do Zaz em geral era terrívelmente chato, a maioria dos frequentadores tinha 40 anos ou mais, só falavam em queijos e vinhos e eu obviamente não queria tratar disso.

Pensava, até dizia:
- Vão para o chat de gastronomia. Pô!

Fui persistênte alí. Não havia outro chat. Não havia opção. No fim, ajudou a ampliar meus horizontes. Certa vez, conheci alí umas fulanas e armei um encontro. Vieram 3. Fomos então eu mais 2 amigos que pouco ou nada sabiam sobre a “procedência” delas. Desta vez não rolou nada para ninguém mas continuei frequentando a sala. Certo dia conheci uma mulher, “M”, na casa dos 40 anos, de outra cidade. Estavámos focados e entrosados com podolatria e trample, mantivemos então contato próximo por alguns meses até que consegui ,finalmente, passar um final de semana com ela num hotel de sua cidade.

Me esbaldei, por todo um final de semana matei minhas vontades por anos oprimidas.

Desse ponto em diante, amadureci, fui perdendo o pudor.

Aos 19, 20 anos, quando ficava com alguém, já ia logo tirando as sandálias ou scarpins e beijando-lhes os pés, passei a expor cada vez mais e melhor o podólatra que sou. Como é bom amadurecer e adquirir experiência.

Obviamente, como todo mulecote, adorava um inferninho e já recorri a profissionais. Contudo, na minha opinião, claro, não são nem de longe a melhor opção de meio e fim para nós podos, capachos, escravos e afins.

Com 20 e poucos anos já iniciando minha carreira, fui diminuindo o ritmo baladeiro e comecei a namorar firme! Tempos depois formei e firmei uma opinião. A melhor opção para realização e satisfação com um fetiche advém de relacionamentos. Namoro, casamento, rolinhos ou até amizade colorida, não importa o grau de uma relação o que vale é o envolvimento emocional, afinal, entre liberdade e compromisso cada um sabe de si e tem as próprias preferências. Vejo homens e mulheres vivendo como solteirões natos. Se no íntimo são realmente felizes ou não só eles podem afirmar. Obter e dar prazer, trocar, sentir, ser cúmplice é excelente!

Alguém discorda?

Sei de muitas histórias de homens podólatras com 20, 30, 40 e até 50 anos, completa e absolutamente frustrados com seu fetiche, sua tara ou parafilia. Tem medo e vergonha. São casados, enrolados ou namoram e as respectivas nem sonham!

Ninguém, absolutamente ninguém, deve permitir tamanha auto- repressão e castração em sua vida!

Recentemente reencontrei minha metade! Ela é o melhor que poderia obter neste plano, é certamente o melhor desta vida. Sou um homem de muita sorte, feliz e plenamente realizado sexualmente.

Por fim, recomendo veementemente: Se permita a plena realização de seus desejos e fantasias. Se mantenha atento e receptivo. Promova a cúmplicidade e se entregue. Não tenha medo e vergonha JAMAIS.

Tenha sempre em mente; caso não dê certo hoje “alí”, dará certo amanhã “acolá”. Portanto, “hoje” ou “amanhã” , cedo ou tarde, estas atitudes valerão MUITO a pena!

4 comentários:

Danielle com 2 elles disse...

Que criançada danada!! Quem será que estava imitando um adulto??? Gostei do relato! Realmente devemos nos permitir a realização de desejos e fantasias que estão guardadinhas. Não devemos esconder e repreender nada!

Bjinhus

Diário de um capacho disse...

Obrigado pelos comentários e elogios. Gostei muito do seu blog, me identifiquei muito com a sua história como podólatra, desde o início quando criança até os chatos chats do zaz sobre queijos e vinhos... rs.

Falarei sobre os chinelinhos da minha Deusa em breve, verá foto deles. Aguarde!

Anônimo disse...

Olá querido.
amo ser objeto de uma sessão de podolatria...
ops meus pezinhos.
amei as fotos dos sapatos q aparecem na abertura da pagina.
Conhece alguma loja especializada em sapatos para podolotria.
Eu uma Dominni experiente, me apaixonei por um sb podolatra..rsrs
Tenho q encantal-lo,
Amei o exemplar preto com salto vermelho simulado um raio...
livre_3@hotmail.com
bjs
Pizadinhas

Anônimo disse...

Amei seu relato...Bjssssssssss